Motivações por trás da implementação do apartheid
É comum considerar que o apartheid tem como centro de suas crenças que outras raças são inferiores, tratamento ruim a raças "inferiores" é apropriado, e tal tratamento deveria ser reforçado pela lei. Contudo, têm existido e continuam a existir apologistas acadêmicos para o apartheid que argumentam que apesar da implementação na África do Sul ter suas falhas, tinha a intenção por seus arquitetos de ser um sistema que separasse as raças, prevenindo os "Brancos" (e outras minorias) de serem "engolidos" e perderem sua identidade, mas trataria, contudo, as raças de forma justa e igual.
Em 21 de Março de 1960, 5.000 pessoas negras congregadas em Sharpeville demonstraram que eram contra o requerimento para negros portarem identidades. A polícia abriu fogo nos protestantes, matando 69 e ferindo 180. Todas as vítimas eram negras. A maioria delas foi baleada nas costas.
Para lutar contra essas injustiças, os negros acionaram o Congresso Nacional Africano - CNA, uma organização negra clandestina, que tinha como líder Nelson Mandela. Após o massacre de Sharpeville, o CNA optou pela luta armada contra o governo branco, o que fez com que Nelson Mandela fosse preso e condenado à prisão perpétua.
A partir daí, o apartheid tornou-se ainda mais forte e violento, chegando ao ponto de definir territórios tribais chamados Bantustões, onde os negros eram distribuídos em grupos e ficavam amontoados nessas regiões, onde não tinha eletricidade, saneamento básico,etc.
Recusando trocar uma liberdade condicional pelo impedimento do incentivo a luta armada, Mandela continuou na prisão até Fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk. O CNA também foi tirado da ilegalidade.
Mandela torna-se presidente nas primeiras eleições presidenciais livres em muitos anos. Em 15 de Abril de 2003, o seu sucessor, presidente Thabo Mbeki anunciou que o governo da África do Sul pagaria 660 milhões de Rand (aproximadamente 85 milhões de dólares norte-americanos) para cerca de 22 mil pessoas que haviam sido torturadas, detidas ou que haviam perdido familiares por consequência do apartheid.
Conclusão
Em 10 de Março de 1994, Nelson Mandela fez o juramento como presidente da África do Sul diante de uma eufórica multidão. Dentre suas primeiras ações foi criada a Comissão Verdade e Reconciliação e reescrita a Constituição. Na eleição multi-racial seguinte, o CNA de Mandela ganhou com larga margem, efetivamente terminando com a era do apartheid.
A herança do apartheid e as desigualdades sócio-econômicas que ela promoveu e sustentou podem vir a prejudicar a África do Sul por muitos anos no futuro.
Adaptado por Bruna Arléo, nº 5 e Letícia Bastos, nº 21
7ª I – Grupo 4
Fonte de pesquisas: http://pt.wikipedia.org/wiki/Apartheid e http://br.geocities.com/siteafricadosul/APARTHEID2.htm
segunda-feira, 19 de maio de 2008
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Um comentário:
o Texto estava muito bom pois retratava bastante sobre o apartheid, tanto texto 1 quanto o texto 2, foi tão detalhado que falaram até das leis, nós do grupo 3 gostamos muito.
Tuane e Mariana 7ªI Grupo 3
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